Quando a idade chega, o que fazer I?

Recentemente fiz 60 anos,
em nada me furto à dor na consciência. Errei muitas vezes certamente, pois
humano. Os humanos erram, portanto, eu sou humano.

Pois tenho o mesmo vigor
do meu senso de justiça e gratidão de sempre.

Mas há sementes que
semeei, acompanhado de outros abraços, de que muito me orgulho de ter semeado.
Todos os justos, em algum momento, verão frutificar suas ações…

Na educação, na formação,
os frutos são indeléveis.

Deveras livre no aspecto
de que não tenho nem detenho ódio no meu coração. E nisto eu agradeço
imensamente a Deus. Assim, sigo a cada dia tentando ser um ser melhor nas
minhas relações. A perfeição não é de nossa ordem, mas o erro contumaz e
costumeiro cegamente nos atrapalha.

Aprendi e aprendo com os
outros todos os dias, portanto, não me custa continuar ouvindo, enxergando,
percebendo…

A minha ilucidez dá asas a
minha lucidez, de forma que, o racional e emocional se misturam, compondo minha
heterogeneidade.

As limitações existem: nuns
mais, noutros menos.  Aprendemos com
erros e acertos. Mas quando a idade chega, nem sempre ficamos totalmente
dependentes, mas em outras ocasiões, ficamos. Aí que, devemos debruçar sobre
mais cuidados conosco mesmos e com os outros. Não raro, somos ignorados,
deduzem que somos o que a nossa aparência demonstra, ou mesmo nos discriminam.

Mas tomara que eu continue
me descobrindo em sonhos tão bons quantos os que me trouxeram até aqui.

Desta forma entendo que não
devemos gerar expectativas em torno de algumas pessoas, mesmo sabendo que nada,
absolutamente nada nesta vida é definido por nós.

O egoísmo não é só culpa
nossa, mas da reprodução sistemática de suas supostas vantagens.