Meu canto lírico

Conto
versos quem faz músicas

Procuro
a ludicidade nos versos

Traços
linhas, faço ponto, chego a malhas

Dou,
recebo e prometo abraços

Correntes…

Assim
faço ecoar meu canto lírico

Ora
de saudade muito doída

Ora
de um ser partido

Por
vezes grazino no tempo feito um passarinho

Que
se viu dissipar seu ninho

Noutras,
passarinhos…

Eu
vivo a te buscar todos os dias

Vivo
para te encantar e convencer

Convencer
que o meu canto é para ti

Que
o meu doce é teu

E
que o sal de ti, tempera-me

E
que faço notas, desenho letras, e traços

Sempre
ecoando o teu amor em mim

Peço
chuva no sol tinindo

Peço
sol na chuva molhando

Mas
me seco nas estações da vida

Reflito
o reflexo do teu amor em mim

Feito
passarinhos no cio

A
cantarolar sua fêmea

A
desejar seu varão

Antes
zagão, agora rainha

Minha
flor, meu amor

Se
um dia eu chorar será de saudade tua

Se
eu cantar é por teu amor

Mas
agora voo…

E
vou além do infinito levando o amor no bico

Pois
me despeço do verso

Mas
antes confesso, eu te amo

   Nilson
Ericeira