Penso que quase todos nós
já fomos discriminados em algum momento de nossas vidas. Por mais incrível e
paradoxo que possa parecer, somos discriminados até pela nossa humildade. O
pior, por vezes, somos confundidos com quem não sabe nada e não serve para
determinadas coisas. E isto acontece em várias instâncias sociais independentemente
de credo ou convicção.
A nossa criação, de pessoa
pacata lá do interior, sem nenhuma posse, com um mundo de esperanças e
expectativas pela nossa frente, torna-se mais difícil ainda. O nosso jeito de
ser, nossa fala, nossos gestos… Quando encontramos pessoas que têm a intenção
de melhorar a nossa comunicação, pois são solidárias, precisamos sempre
agradecer. Pelo menos é que fiz e faço. Ninguém nasce sabendo, aos poucos
descobrimos o mundo e as coisas nele contida.
Quando falo da criação, é
evidente que é a nossa formação com a nossa família, amigos e instâncias
sociais de lá. Assim desenvolvemos a nossa teia de relações sociais. Caminhos
em que encontraremos pessoas de todo modo. Precisamos nos adequar a elas, em
algumas circunstâncias sim, mas precisamos ser filtros, pois é necessário incorporar
à nossa formação elementos do bem. Contexto em que a vida é realmente uma
grande escola.
Quando percebemos que alguns têm toda a verdade, seja
de que modo se expresse, precisamos escutar e não tirar isto como exemplo. Por
mais incrível que possa parecer, há pessoas que querem que a sua verdade impere
pelo tom da voz, pela colocação das palavras,
pela escolha do repertório, pelos
interesses que os nutrem e assim sucessivamente. Nem sempre percebemos as
intenções, o que está no subliminar.
Hoje, como em poucos dias, escrevi mais pela
necessidade espiritual de escrever, mas converso pobreza no texto. Ainda assim,
tomara que sirva para alguma reflexão.
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