Alienado
sou eu
Que
não sigo a multidão
Que
não aprendi a lição
E
ainda não me acho pronto
Que
faço da vida a minha escola
Que
nem toda graça cola
E
que não aplaudo infames
Então,
sou um alienado em processo
Alienado
por discordar das maiorias
Das
minorias, dos pequenos…
Que
vejo estranheza em tudo ou quase tudo
Que
contesto o incontestável
E
que não comungo com a podridão dos podres
Sei
que não me alieno e me alieno
É
que somos fisgados por coisas inúteis
Nem
sempre desejamos participar de certos banquetes
De
certo, vivo excluído
Com
isso, contento-me
Ericeira
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