Perfídia ou alienação

Alienado
sou eu

Que
não sigo a multidão

Que
não aprendi a lição

E
ainda não me acho pronto

Que
faço da vida a minha escola

Que
nem toda graça cola

E
que não aplaudo infames

Então,
sou um alienado em processo

Alienado
por discordar das maiorias

Das
minorias, dos pequenos…

Que
vejo estranheza em tudo ou quase tudo

Que
contesto o incontestável

E
que não comungo com a podridão dos podres

Sei
que não me alieno e me alieno

É
que somos fisgados por coisas inúteis

Nem
sempre desejamos participar de certos banquetes

De
certo, vivo excluído

Com
isso, contento-me

 Nilson
Ericeira