A cidade está-tica
Pessoas passantes, passageiras, passarinhos…
Eu, um passageiro que me pretendo eterno
É que as coisas da visão e do coração não vendem
Pasmo estou com interesses excursos na roda gigante e alienante da vida
Minha cidade que de tão estática, amanhecera doente
Víboras semeiam o câncer
Logo após a madrugada, a tornarão mais uma vez esquecida
O último voto, em quem votara, por quê, porquês…
Visitantes estranhos e não são alienígenas
São de uma raça extemporânea aos ditos normais
Os políticos estão em safras de asfaltos, ou melhor, assaltos
Pintam e bordam
Até jumentos sedem aos papeis avulsos no chão
Vez ou outra se engasgam com santinhos na terra indigestos
As crianças inocentes se juntam aos adultos para fazer chegar às propostas
Indecentes, incandescentes descem as ruas da minha amada e usada Arari
E nem sabem que sepultam o seu futuro
Agora todos externam uma preocupação que não têm, nunca tiveram…
Bandeiras tremulam nas mãos de desempregados ou subempregos com o ar de mais pa-tri-o-tas
Aí de quem não for!
O salário está em dia
Mas os autores do evento: patricidas!
Nilson Ericeira
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