Um proclama!

Sinais
vitais

Falta
de ar e amor

Frieza
e morbidez

Assim
são uns proclamas

Mas
não perdem a chance de ser ‘bons’

Mentem
na mídia que medeiam

Ausentam
de suas responsabilidades

Aliás,
lilás, azul, amarelo, braço

No
final do escuro

Se
não fora obscuro

É
assim que os proclamas proclamam

Aventuras
no erário

Rasgam
a Res Pública

Desviam-se
da real intenção

Palácio,
palácios

Pôncio
Pilatos

Enquanto
arde a taca no coro do povo

A
pobre plebe ainda faz festas

E
proclamam a inércia

O
desmazelo e exibicionismo

E,
quando a verba sai,

É
hora de descansar

Afina
ninguém é de ferro

Mesmo
que pondo a ferradura na arraia miúda

Por
falar em pequenez

Eis
a proclamação dos proclamas

   Nilson
Ericeira