Quem
ama nunca esquece
que nem sempre podemos estar com nossos pais, mas não devemos deixá-los sós. Não
por que precisamos dar satisfação à sociedade, mas por sentimento de amor
verdadeiro. É nesse contexto que eu acredito que todas as alusões a datas
festivas são muito importantes, embora alguma delas surgissem muito mais pelo
efeito consumista, porém precisamos reconhecer de verdade quem fez tudo por
nós.
O
simbolismo das datas não é maior que o nosso amor. A foto na mídia, o sorriso e
a pose não servem para nada, se não houver atenção constante.
Percebe-se
que nem todos nós temos o tempo inteiro para frequentarmos à casa de nosso pais
ou mesmo lhes fazerem companhias. Contexto em que é preciso abrir mão de
algumas coisas nossas e nos dedicarmos um pouco mais a eles.
Se
não por menos, há pessoas que entendem que o presente e/ou a presença esporádica
e repentina, nos dias das manifestações, é o suficiente. A embalagem do amor
não é o presente, mas a pessoa.
Eu
digo que a pior solidão é a de quem tem gente por perto, mas nem sempre são as
pessoas que mais pedimos.
Para
os pais, o único presente que quer é atenção dos filhos. Neste sentido, sabemos
que as diferenças entre as pessoas e a falta de tempo são logo apontados como
fatores de distanciamento. Quando não somos capazes de entender quem nos deu
vida e cuidou de nós, jamais seremos capazes de compreender a nós mesmos e a outras
pessoas.
O
afeto, o sentimento, o braço, o fazer questão: o orgulho, é isso que está no
jogo da vida de quem ama e quer receber amor.
Com
nossos pais não é diferente. Tirar os nossos pais da nossa agenda interior, das
nossas lembranças e realizações é ofuscar nossas conquistas ou mesmos
reduzi-las ao egoísmos que, por vezes nem notamos, mas se sobrepõe.
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