Passageiro do amanhã

Passageiro do amanhã 
Por todo amor que me tenha apegado
À deriva vivo, 
mesmo que no peito um amor sem sentido
Exista em centelha viva, ponho-me a viver
A montar cenários da minha imaginação, dando alento ao meu coração 
Ainda que por esse amor viva, devaneio
Pobre de mim, poeta caduco
Que vivo a contar estrelas, passante, passageiro de nuvem
Que pesa a ilusão da de ir morar ni céu 
Mas do meu jeito, alimento meu amor no peito
E feito cria nova, vivo a descobrir caminhos que me levem a ti
Nilson Ericeira