O PODER, O QUE É O PODER – Em a deformação do ser

O
poder é algo conquistado ou imposto. Conheço gente que não sabe viver sem ter
poder político, tanto é que até adoece quando os ameaçam a distância dele. Para
tanto, perde-se o escrúpulo ou mesmo deixa de tê-lo por interesses maiores.

O
poder transfere poder, mas sempre o limitando, tanto é que quem detém uma fatia
menor, sempre deve satisfação a quem se atribui a fatia maior. O poder
transfere interesses, luxos, exibicionismos e comodidades. E mais: produz
fatores geradores de extrema injustiça. Mas o poder nem tudo pode, na interface
das relações há a Lei. Ainda bem, pois vislumbra-se o alcance da Justiça.

Tanto
é que tem gente que não desgarra dele por nada. Emprega pai, emprega filho,
emprega amigos e todos da família. Para os outros o sobejo.

O
que sobra, algumas pessoas que deixam o caráter encoberto por ações serviçais. Pessoas
cujo legado seus descendentes devem se envergonhar.

O
poder unifica, pois forma grupos em torno de poucos, garante o poder a quem
interessa-lhes. Geralmente falam em nome do povo, a quem não sobra nada, apenas
devolvem em fatias com ar de generosidade. E ai de quem discordar dos métodos,
passa ser um párea do sistema!

Há,
nesse contexto, os tomadores de ‘notícias’. Àquele que se sujeita a levar
trazer. Mesmo que com ares de ‘boa gente’.

Nesta
divisão do bolo, sempre a melhor parte é para aqueles que melhor sevem o plantonista
do poder. Olha que reabilitam as posses de quem saiu pelo ‘ladrão’.

Quem
tem o caráter deformado não se importa com a sua autoimagem. Pois conhece o reflexo
e não se importa com deformações.  

Escapa
a capacidade intelectual de querer mudar a sociedade e empreendê-la com a participação
popular e discussões democráticas. Escapa, pois aos os sabujos que se dobram e
se beneficiam. O poder pelo poder tem leis próprias, funciona como se fosse uma
instituição paralela à constituída.


náusea e tristeza, mas infelizmente assistimos a isto. É certo que, por vezes,
fazemos vista grossa, não pela nossa vergonha, mas pela vergonha alheia.