Episódio de hoje: Com quem pensa que estás falando? Por acaso, eu te conheço?

Após
surfarem nas ondas da maionese, ou melhor, Pororoca, fenômeno natural que
acontece com o encontro ou desencontro das águas doce e saldada do Mearim e,
logo depois da ressaca, em que beberam todas, Ócio e Néscio querem mostrar prestígio.
 

Mas
não é que quase se decepcionam, quase pegam em fio pelado!

Para
eles a taca da escravidão não se amola, isto, é não se amolda, pescam por
esporte e ‘trabalham’ por diversão e vivem no mundo da lua. Já pensam até em
construírem uma barca (um iate) para fazerem suas viagens turísticas sem a
potente canoas motorizadas ou Jet-skis. Pois estes passarão a assessórios.

Mas
o que anda incomodando mesmo Néscio e Ócio é a falta de oportunidades nas
gestões públicas. Tanto é que vão buscar uma especialização, usado da memória
de Aristóteles, para reciclarem seus conhecimentos na área de Comunicação.
Lembre-se que o filósofo disse que Comunicação é persuasão, ou seja, segundo o
opróbrio, Comunicação é a arte de convencer.

Problemas a
vista: pois não estão sabendo se comunicar na hora do que mais precisam! Grana!
Grana e grana!

‘E onde está o dinheiro, o gato comeu, o rato roeu e ninguém viu’.

Tanto é que
um dia desses ao irem a uma solenidade, quase foram barrados na porta da festa!

No que prontamente,
Néscio se antecipou e disse com ar imperativo:

_ Por acaso,
sabes com quem tá falando?

_ É, mas
aqui você não entra! Respondera em tom debochado o guarda-porta do Palácio dos
Urubus.

Com quem
pensa que estás falando? Por acaso, eu te conheço?

_ Por acaso
eu te conheço, disse com ar para lá de arrogante, o ‘companheiro’ Ócio.

Eis que lá de
dentro do palácio, surge uma luz! Uma voz aconselhadora para acalmar os ânimos.

_ São
nossos amigos, trabalham com a gente, pode deixar.

E assim
seguiram o três pela grama fria sob a brisa do Mearim à calmaria de uns
corações bondosos e piedosos. E falando baixo, pois lá estava falando em
línguas estranhas!

_ Veja,
como pode?

_ Deixa
para lá, esses incidentes acontecem em toda a pocilga que se presa.  

Assim se
divertiram, comeram, beberam e mais uma vez não se importaram com nada ao seu
redor, mas quando o assunto era negócio, eis uns semblantes de seriedade e preocupação.

É preciso
muito rigor nisto!

Vai querer,
vai querer? Onde eu mandar, vou. Mas tudo que vai e vem… Jacarandá, dá.

PRÓXIMO EPISÓDIO: Néscio e Ócio em a Crise na pocilga!

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