Hoje eu ancorei a minha embarcação
Antes à deriva, agora sublimação
Que naveguei por muitos mares
Ares da minha solidão oceânica
E me vi só marinheiro à deriva…
Ancorei-me nos sonhos antes nascidos
E vi-me no ancoradouro do teu amor
E, assim, aprendi que o tempo nos ensina
E nos completa na nossa crescente incompletude
É que somos passageiros e comandantes
Passamos com quem ficamos
E nem sempre ancoramos em porto seguro
Dei-me por perto de mim e distante
Assim, passageiro do tempo e amante das letras
E pretendi pegar com as mãos as gaivotas
Bateram asas…
Riscando o céu do indizível
Em meio a tempestades e ventanias
Porém, sei que na vida o que nos segura é o amor
Pois alimento dos que estão só ou em multidões
Por isso ancorei-me em ti com um pretendente a viajar
Mesmo que velejando em mares desconhecidos
Ou mesmo projetando o céu dos meus sentidos
Declarar-me ao final de que quem mais amor me acompanha
Pois sei que nunca estive só, mesmo que sozinho
Mas um guardião do tempo
Portanto, podes vir, pois meus braços te esperam.
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