Ócio e Néscio na berlinda

Um dia desse, estabeleceu-se
um diálogo entre dois seres que não se respeitam e que se relacionam por
interesses patrimoniais. Mas fazem tudo para aparentarem união entre os dois.
Unidos que são pelo egoísmo.

Néscio encontra-se com Ócio
num belo dia logo pela manhã. Os dois, que parecem terem interesses comuns,
alardeiam de serem amigos das autoridades locais. Com isso falam em nome das
autoridades e algumas vezes até decidem por elas.

Com acesso a tudo ou a quase
tudo, pois os mandatários não são bestas em também abrirem os cofres públicos.
Afinal, o erário deve ser preservado.

E não muito distante dali,
confabulações dão conta de que logo serão decepcionados nas suas aventuras!
Pois surfar na pororoca não é para qualquer um. Pois essa onda é onda é alta e
perigosa!

O certo é que a cidade tem
ficado pequena demais para tantos negócios. Tudo se vende com autorização
mental. Tinhosos!

É preciso mostra
influência, não importa se se tem algum conhecimento da pasta que vende o
produto, o mais importante é ter a confiança dos ‘homis’.

Líder! Grande líder!
Míster! Liderança! O homi é do povo! Então, viva a fantasia…

Enquanto isso, um banquete
já está sendo providenciado para a autoridade maior de um dos poderes. Dizem
que Ócio já se acostumou em preparar pato no tucupi para oferecer em troca de
bajulação. Coitado dos bichinhos!

– Olha compadre, bajulação
rede e rende ‘mutho’! Néscio se faz de morto, mas não fica para traz, tanto é
que já disse que logo que começar a colheita de melancia, vai preparar um doce
de melancia para degustar ao lado de seu mito.

Mas olha, água ardente com
melancia pode dar uma rebordosa! Preveniu Ócio.

Este é o segundo episódio
dos dois personagens da ficção que criei: Néscio e Ócio, com o objetivo de
retratar a realidade em algum lugar do mundo. Mas não somos obrigados a ler e
muito menos ainda concordar.