O que eu disse e o que eu não disse

Quando rasgamos o nosso peito e calamos a nossa voz

Quando queremos gritar o mais alto possível do que sentimos
E quando olhamos para quem tanto amamos e nada mais podemos dizer
O que nos resta?
Esta é uma pergunta que vai sendo respondida no decorrer dos dias
Com o passar do tempo…
É que têm dias que desejamos que não houvesse
Há dias em que ficamos olhando para o tempo procurando respostas nas nuvens
E, que, de uma hora para outra, pudéssemos voltar à normalidade
Mas sabemos que não é assim
Somos controlados pelos desejos do nosso Pai
E quando Ele nos chama ou chama um dos nossos,
não há nada que possamos fazer
Aqui somos postos para semear boas ações
Por vezes nos devíamos e pecamos
Ainda assim, o nosso Ser maior nos perdoa
Sabemos não ser dignos de tantas maravilhas
Com isso, devemos compreender que, às vezes,
a dor que sentimos,
É bem menor que o nosso amor
E que de degrau em degrau nos tornamos experimentados
Calejados, sofridos, resignados, mas firmes no amor
Cada vez mais saudosos, mas cada vez mais contritos
Por isso, não nos cabe às lamúrias ou o desalento
Devemos rebuscar e renovar nossa fé e esperança
E saber que, aquele grito que guardamos, ecoa em nós
Eu te amo…
E ecoará sempre!
E escutamos todos os dias das nossas vidas
Pois a nossa vida é assim: um dia nos alegramos muito porque chegamos
Noutros dias, deveremos nos alegrar, mesmo em lágrimas
Pelos chamados do nosso Pai
E assim, permitir-nos escutar a voz do Amor
Nilson Ericeira