Um dia na caverna
Turvo ser
Que de tão esquálido
E tão completamente esquecido
Há muito martirizado
Acorrentado em si mesmo
Aprisionado…
Na caverna, sozinho
Sem lenço, papel e tinta
Ofuscada-mente
Demente
Um objeto velho
no monturo
A esmo
Estagnado
de sangue adocicado
Em contraste da vida em fel
É desse desgosto amargo
Que me tenho amargurado
Alimentado-me
Já vivi em cárcere,
mas antes me tenho enclausurado
Pra dizer que da cicuta não ingiro
Tenho ela produzido
É do que a bílis está cheia
Chega de ceia junto com porcos
Pois entre eles sempre haverá moribundos
Nilson Ericeira
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