Eu
confesso, conversarei
Em
turnos, por vezes, inconstantes
Esticando
linhas, puxando fios, tecendo a vida
Em
signos ou códigos, mas em versos
Das
más línguas não me livrarei
Das
boas, adocicarei meus lábios
Do
corpo o néctar de amar
Mas
confesso-me um pecador
Pecador
de amor
Meu
eu sem nexo, é certo
Mas
sentimentos e caminhos
Uns
de que ainda não descobrir
Outros
encobertos
Sei
que faço versos com um artesão
De
tira em tira, de palha em palha
De
traço em traço
Mas
antes sentidos no meu coração
Uma
mistura de tintas e tons
Iguais
ao meu céu em espetáculos
Vozes
não reveladas
Gestos
do indizível
Assim
sou eu no meu verso
Com
caras do indefinido
Mas
com um saudade de doer nos ossos
Um
ócio ativo, de produzir versos
Por
isso aceito os meus enigmas
Com
versos ou sem versos, eu confesso
É
o amor que me faz assim
Por
vezes tão cheio e tão vazio
Mas
tecelão, dos pontos do meu coração
Nilson
Ericeira
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Quem não tem pudor, não tem limites!
Velejar…
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