Por
favor, deixem-me
Mas
não me matem
Não
sou obrigada a me entregar
Sou
gente que sente e ama
Tem
amor e desamor
É
que vivemos em tempos hediondos
Pois
és decantada como flor
Por
vezes és a própria flor
Antes
não fosse tudo isso e preservassem a tua vida
E
te tivessem respeito
Pois
és símbolo e analogia de vida e essências
Ainda
assim, te ferem, te matam
Te
sangram
Te
estupram
E
agridem…
Oh
mulheres de todas as raças e cores
Oh
mulheres eternas!
Mulheres
de tantos amores
De
tantas alusões
Objetos
de paixões
Mas
te usam como se objetos fossem
Te
classificam pela aparência
Te
julgam pela epiderme
E,
ainda hoje, negam teus direitos
Os
mesmos de te exaltam
São
os mesmos que te jogam na lama
Pois
não precisam te enaltecerem
Prefiro
à vida à morte
Crepúsculos!
Prefiro
abraços, ao falseamento
E
não preciso de falsos slogans
Não
sou menor em nada
Apenas
diferente
Diferença
que me faz sublime
Prefiro
não ser comparada à flor
Mas
que me tenha respeito e amor
Eu
quero viver, apenas
Poupem-se
de falsas impressões
O
teu corpo é de gente humana
E
não carne e um mercado consumista
Ericeira
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