Se eu
pudesse ou soubesse aferir o quantos te amo
Talvez
não me pesasse a dor da ausência e aflição da distância
É que
tenho amor que de ti deriva que me enche e dá voz ao meu coração
Sou
pesado pelo quantum do amor e aferidos pelos os dias que te espero
Assim
vivo a tecer os fios da minha vida todos os dias igual passarinho de estações
Empoleirado
vejo-te na imensidão, e lá vou eu em voo de encantos
Enquanto
te chamo do alto com canto meu, mas indiferente nem asas bate
Sinal de
que não te atinjo com melodias do meu coração, poemas que te ofereço todos os
dias da minha vida
Ah o quantum
do meu amor é teu, mas pesa-me em saudade e distância
Antes
como antes que nem te chamavas, já há muito em asas e voos me contemplava
Nas
manhã daqueles dias, nos versos que rabiscávamos e em tudo que fazíamos, o
nosso amor em traços
Agora
vivo a cumular saudade sentida de um amor tão intenso que nem de aferir sou
capaz
Mas sei
o que é amor de quem ama com o peso da saudade e distância
E feito
nuvem que passa e logo se transforma, renova e volta no tempo, preservarei em
mim o mais possível o sentido de te sentir em mim
Pois de
quando em vez, feito pássaro livre, que vai e volta a contemplar a vida
Solte-me
do peso da sorte, e por uns instantes, ao teu lado imagino quanta vida ainda
teria
Mas sei
que de tão incapaz, impossível medir com derrama em mim, amor abundante a um
ser, que de tão bela ainda, é a vida de um coração
Nilson Ericeira
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