O quantum do meu amor II

Se eu
pu
desse ou soubesse aferir o quantos te amo

Talvez
não me pesasse a dor da ausência e aflição da distância

É que
tenho amor que de ti deriva que me enche e dá voz ao meu coração

Sou
pesado pelo quantum do amor e aferidos pelos os dias que te espero

Assim
vivo a tecer os fios da minha vida todos os dias igual passarinho de estações

Empoleirado
vejo-te na imensidão, e lá vou eu em voo de encantos

Enquanto
te chamo do alto com canto meu, mas indiferente nem asas bate

Sinal de
que não te atinjo com melodias do meu coração, poemas que te ofereço todos os
dias da minha vida

Ah o quantum
do meu amor é teu, mas pesa-me em saudade e distância

Antes
como antes que nem te chamavas, já há muito em asas e voos me contemplava

Nas
manhã daqueles dias, nos versos que rabiscávamos e em tudo que fazíamos, o
nosso amor em traços

Agora
vivo a cumular saudade sentida de um amor tão intenso que nem de aferir sou
capaz

Mas sei
o que é amor de quem ama com o peso da saudade e distância

E feito
nuvem que passa e logo se transforma, renova e volta no tempo, preservarei em
mim o mais possível o sentido de te sentir em mim

Pois de
quando em vez, feito pássaro livre, que vai e volta a contemplar a vida

Solte-me
do peso da sorte, e por uns instantes, ao teu lado imagino quanta vida ainda
teria

Mas sei
que de tão incapaz, impossível medir com derrama em mim, amor abundante a um
ser, que de tão bela ainda, é a vida de um coração

 Nilson Ericeira