O
vento levou
O
tempo secou
À
água escorreu
O
sol escureceu
A
lua sumiu
Estrelas
se mudaram…
A
vida ceifou
O
coração calou, sangrou, entristeceu
À
flor adormece e nem se dá conta que meu
amor
já morreu
Ressona
tão profundamente que nem vai ao sepulcro meu
E
sai para o mundo sem perceber da existência minha
Enquanto
dorme,
nosso
amor faleceu
O
ser definha…
E
em prantos, um coração em sepulcro
Pois
junto com o corpo que há muito já se foi…
Ela
nem se dá conta da vida que se perdeu
Velho,
feio, fraco, omisso e subjacente…
Entregue
à sua própria rabugice
Despede-se
desse mundo que já morreu
Mesmo
com o desencanto,
ainda
a encontra entre as flores que desfalecera
E
da essência delas, entoa um coro para dissipar dor que demais doeu
E
sangrou no seu peito ingratidão de quem um dia te prometeu
Resta
então, aos pouco sumir na imensidão
Mas
sem antes, separar os corpos que um dia te pertenceu
Pois
nesse dia, à noite, ao entardecer ou à luz do dia
Só
lembranças de amor que o tempo encolheu
Enquanto
àquela flor sonha, em cenários irreais,
feito
novelas de épocas
Em
que, no cume das cenas, há muito o amor já entardeceu
E
feito faísca ao vento, que o tempo e vento,
propagaram
até quando convier
Por
isso, agora aos gritos ressurge do pesadelo que outrora viveu
Ericeira
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