Em chuva
intensa,
sair
para umedecer meu ser
Mas não
saiu de mim cidade minha
E
percorri ruas…
Até me
dá conta que não era um rio
Um mar,
talvez!
Eram
efeitos, defeitos, talvez
Entre ‘encruzos’,
águas visitavam as casas
E vi que
a minha cidade plana, precisa de aplainas
Que lhe
tire os defeitos e efeito de anos
Antes
corríamos nas ruas de lamas
Hoje um
mar d’água
A cidade
cresce e se move todos os dias
E com
elas os seus moradores
Dão-se
como podem, malabaristas, talvez
E me
molhei de perguntas não respondidas
Por que
maltratar algo ou alguém que se diz amar tanto!
Arari,
minha cidade meu amor, não te deixe persuadir com néscios e ócios
Permita-me
à crítica sarada de quem tem autoridade moral
Não te
cubras da falta de escrúpulos
Pois o
teu manto é o verdadeiro amor dos teus filhos
E a
chuva!
Ah, a chuva
fez de mim um córrego onde deixo fluir o meu amor
Ericeira
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