Por que
me negar tantas vezes
Por que
me ferir sem me conter
Não sei
os porquês da minha o-missão!
Mas sei
que tenho um coração que denuncia
Que
silencia ou taquicardias
Os
porquês de tanta incompreensão
Não sei
quais as razões da sangria
É
algazarra, é gritaria…
Sentimentos
incontidos
Bem
melhor seria não tê-los
Ou mesmo
não deixar escapar de mim mesmo
É que
nestes escapes me agarro só para conter
Penso às
vezes o que será de mim sem sentimentos assim
Sem as
perguntas de que me proponho
Sem as
falas que omito
E sem o
amor que eu sinto
Talvez
fosse bem melhor não ser refém de ninguém
Mas no
amor ninguém escreve seu fim
É
começo, meio e sina
Afinal,
o que se pretende é amar
E se me
respondo não sei e me ponho a pensar
No que
seria de mim sem razões para amar
É que no
fundo eu me nego,
escorrego,
não consigo disfarçar
Trago
comigo a ânsia de amar
Eu sei o
que meu peito me pede para não calar esta voz
Mesmo
que fique com uns nós na garganta
Mas
garanto é amor,
é sina
de amar
Ericeira
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