Seres humanos!

Seres
humanos!

Que
jogam bombas!

Que
matam pessoas inocentes!

Que
se tornaram pessoas coisificadas!


humanos desumanos

Cuja
ira e ódio lhes serve de alimentos

Cuja
dor do outro lhe dá regozijo e prazer

E
em cujas práticas se sujam de sangue humano

Fronteiriços
do terror

Coisas
sem amor!

Homens
humanos

Que
semeiam a dor!

Que
se desnudam do amor!

E
que patrocinam o horror!

O
maior conflito é a ausência de amor ao próximo

É
a irracionalidade de pobres de coração

Uma
gente sem alma

Brutos
e coisificados

Inertes
de coração

Homens
humanos

Que
mortificam as relações!

Que
premiam vilões!

E
que enaltecem charlatões!

Assim
o mundo do ‘progresso’ se desenha

Pois
que não tem alma, não tem Deus e se torna estéril

De
mãos e corpo marcados pelo terror

Enquanto
patrocinam a dor,

lambem-se
em comemorações de ‘heróis’


fora, só desagregação

Corredores
humanos empilhados como coisas

Casas,
famílias, lares aos ares


no céu, não só de piedade vivem os homens

Mas
da esperança de algo que possa estancar a sua dor

Enquanto
isso, mas uma explosão!


tristeza e desamor

Precisamos
nos curar, pois a humanidade adoeceu

Frios
e gélidos só-riem os tiranos

Mas
por favor, não me matem

 Nilson
Ericeira