Por
vezes chorar não resolve
Acumular
reservas também não
Assim,
vamos ficando secos e frios
Como
se nada resolvesse, o tempo é só ruídos
Nem
mesmo o consolo dos amigos importa
Há
momentos assim, de acúmulos
Precisamos
ser rios e deixar fluir nossos sentimentos…
Iguais
águas que descem o rio
Perpassa
assim sentimentos doloridos
De
um amor excluído, antes preferido
Sigo
em sequidão…
Dando
passos sem pecadas
Pois
minha voz e letras esvaem-se no tempo
Acho
que sou um poeta em construção
Moribundo
em mim mesmo
Vivo
a produzir devaneios que se movem
Cujo
tempo bom é pretérito
Ainda
bem que o amor é chama viva
Pois
só assim me alimento
Introspectivamente,
vozes me atormentam
Cenas
alarmantes me têm vindo á tona
Antes
padecer de rabugice a morres incrédulo
Pobre
homem que vive a catar letras
E
nem nexo lhes dá, por vezes tortas, por vezes mortas…
Eu,
um ilúcido a secar meu ser todos os dias
Ainda
bem que sei onde fica a fonte
Ericeira
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