Arari eu sou de ti, em pele e epiderme: de corpo e alma

Hoje eu deslizei meu ser no corpo dela


Corpo quente, úmido e abrasador 
Passei pelas curvas de teu ser
E viajei em terras tuas
Bebi da água da fonte
Deleitei-me em amor comensal
Sentei defronte do céu e fiquei a te contemplar
Teu céu de amores, de tons, de cores, de ares…
E de teus amares e dos meus
E dos teus anseios, o meu desejo
E de calor e frio a térmica da tua alma
Oh Arari de amor incessante
Pois me fazes tão perto e longe de ti
Abro meus braços todos os dias para os teus abraços
Caminhos em passos com os teus passos
E sigo em caminhos teus…
Faço pegadas indeléveis e eternas
Sinto saudade de quem não volta mais
Proseio, confabulo em tuas anedotas e nem notas
Pois eu sou teu de corpo alma e sentidos
Sou de ti, de pele e epiderme, de corpo e alma
Mas condeno os vermes que te exploram
Os agentes que te poluem com a boca e ganância
Uma gente podre e de estética que de tão lisa, a cara não treme
E te imploro por fim, por este amor tão vil
Pois iguais filhos teus te amam
E pedem de ti só o amor de que se alimentam,
pois é o que nosso peito reclama todos os dias
Então, acalanta-nos com teu seio de amor de vida
Oh nossa terra guarida de tons e cores
Manhãs e dias que se repetem sem cessar
Pois viver sem ti que graça tem?
Eu sei e nós sabemos que nos chama em chamas de amor tão ardente
Igual a estrela cadente que se esconde defronte de ti

Nilson
Ericeira