Alma virgem

Alma virgem
Tomara que continue a se esconder
E dexindexa que é do meu corpo, não se confunda com divagações minhas
Alma que me dá vertigens, sonâmbulo vivo a te buscar
Tateio vidas, busco mundos, escondo-me igual ti alma virgem
Nos prostíbulos, ponho-me entre os que não fazem festa a hipócritas 
Por isso igual a um excluído vivo, sendo punido por ser honesto
Já nem me importo com demência impotente
Pois sei que o mundo é às aversas
Pobre alma que do corpo é, mas desindexa
Vejo que consomem dinheiro público, matam gentes e promovem funerais, como se bondosos fossem
Agora mesmo, alma não sei onde de estás
Pois se moldura meu corpo, bom seria que seguisse alheia
Pois o mundo real é podre
E lá em cima pode ser que seja bem diferente
Nilson Ericeira