Versos incompletos I

Gostaria
que meus versos se completasse

Assim
não haveria outro dia

Não
haveria meu ser tão ignorante

Não
enxergaria o que não deveria

Meu
coração silenciaria

Meu
espectro: obscuro

O
eu no escuro

Assim
começaria a juntar coisas e mais coisas

Desprezaria
gente!

Com
as coisas me satisfaria

Mas
não sou assim no desejo

No
íntimo, amo

e
paradoxalmente o amor nos traz sofrimento

Trago
coisas velhas e nova em mim

O
velho que se renova

O
azeite da minha vida, renova-se

E
assim, vou…

Não
sei se deixo marcas

Mas
há muitas escritas por virem

Talvez
porque um dos meus alimentos é o néctar humano

E,
de tão raro, por vezes, só nos apresentamos e doses de ódio e desamor

A
incompletude dos meus versos me fazem em segredos

Tornam-me
mais um daquele chatos!

Porém,
com ‘victo’

Assim
espicharei meus versos e me descobrirei

Mas
sei que nu não ficarei

Pois
me visto de letras

Nem
sempre o que importa é a sintaxe alheia

Mas
a que nos dá asas!

Nilson
Ericeira