Aqui do meu ponto alto
enxergo o absoluto dos homens
entregues a arrogância e egoísmo
uns bestiais falantes
meritocratas do ócio
pois vivem a admirar seus próprios dedos
com pouca cultura e muito saber
num mundo que pensa pelas digitais
pobres homens que se auto consomem
pobres espíritos divagantes
antes, sonâmbulos
Eu aqui do alto
tenho piedade desses pobres homens
que me deixaram para navegarem em ondas
viverem ancorados no ócio
nem se dão conta que o tempo passa
e que se perderam por instinto
e sepultaram-nos em desesperança
uns vadios, vaidosos e tolos
Pouco sabem, pouco veem, nada enxergam…
Nilso Ericeira
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