Escrevo porque gosto de escrever, mas sei que nada sei

 

Erro como todas as pessoas erram,
erro muito mais dos que já sabem tudo, porém me é mais fácil de ser ‘perdoado’,
pois reconheço ser um poço vazio.

Sigo experimentando, fazendo
tentativas e assim talvez erre bem menos!

Aprendo todos os dias que os que já
sabem e com os que não sabem, assim me componho, sempre puxando os fios da vida
para escrever sobre algo.

Por saber que nada sei, sou um
aprendiz e agradeço aos que me corrigem, me mostrando os caminhos, quem sabe
assim, encontre sintaxe na minha escrita.

Mesmo reconhecendo a minha
insipiência, sei que o mundo das letras me fascina. Gostaria, entretanto, de
ter passado por um processo menos dolorido.

Após ter terminado o último curso que
fiz, prometi a mim mesmo, dá-me um tempo dos bancos colegiais, mas confesso que
já declino para um outro desafio. Por vezes sentia-me muito cansado, mas nunca
fui um desestimulado. Tenho entre as minhas manias, a de contar o tempo, na
medida da minha expectativa de vida útil, mas sei que isto não me pertence!

Entendo que se eu tivesse me
interessado pelos estudos lá no ginasial, a vida social e as conquistas
poderiam ser bem menos dificultadas.

Penso que, por vezes, levamos um bom
tempo desperdiçando o tempo, mas não por intenção, mas por falta de visão e,
quando começamos a fazer boas leituras do mundo, decepcionamo-nos com muita
gente.

O nosso ciclo envolve muitas pessoas:
admiráveis e outras abomináveis. Ainda bem que estas últimas sempre em menor
número.

Por fim, se eu não tivesse tomado o
gosto pela leitura (de forma ampliada da realidade) e escrita, não teria
chegado onde cheguei nem rompido determinados obstáculos.

Por isso, sempre faço ressalvas ao
escrever algo sobre algo, pois objetos inacabados em textos inacabados!

É assim.