Se
soubesse que doía tanto,
teria
ficado um pouquinho mais
O
até logo, entardeceria, espicharia
O
tempo, pegaria
Se
eu soubesse que doía tanto
Teu
amor, seguraria com as mãos
E
colocava só no meu coração
Assim,
te trancaria em mim
Junto
a essências dos jardins da vida
Se
eu soubesse que não suportaria a dor
Te
daria todos os dias o meu amor
E,
assim, não sentira frio nos ossos, dor na alma,
aflição
no coração
Ah
se eu soubesse, não me despediria
Ficaria
contando estórias até que o tempo definisse
E
ainda te permitiria a arbitrariedade do tempo
Sem
apartes, aliás, só pra eu morrer de rir
Se
eu soubesse o que é viver sem o teu doce
Sem
a tua presença
Temperaria-me
com o melhor de ti
No
meu ser deixaria contaminar
Ainda
assim preservo a tua essência
Pois
não cessou o sal do teu amor em mim
Ah
se eu soubesse segurar o tempo
O
tempo seria: o tempo presente
Puxaria
as malhas da vida e de volta te traria
Eu,
muito melhor do que sou
Assim,
talvez não sentisse tanta saudade
É
que a saudade é tipo água sedenta para se soltar
E,
quando e vez, solto-me
Alago-me
de saudade tua
Meus
olhos: oceano
O
meu coração: golfão
O
meu ser, ah meu ser miúdo
Mas
expresso do teu amor
Saudade,
saudade, saudade…
Ericeira
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