Dizem que a paixão cega, a razão ilumina!

Quando
nos apaixonamos por uma pessoa é normal não vermos defeitos nela e em tudo que
faz. E mesmo que não esteja correta em seus atos e falas, logo a pessoa amada é
amparada pelos sentimentos do outro.

Os
olhos brilham, o coração vibra, o corpo pede. Sabemos que é assim que funciona!

É tanto ‘amor’ e desejo que, por vezes não
conseguimos enxergar o óbvio, mesmo que esteja evidente. E como algo que pode
até nos prejudicar pode ser tão prazeroso assim? É que não temos a modulação
dos nossos desejos e quando não os controlamos, podemos até cair em abismos,
mesmo que na evidência do que é óbvio.

Que
bobagem, pois o óbvio e o turvo da vista, o coração pedinte e a ilusão da
paixão…

Não
existe amor de uma só pessoa, necessitamos de encaixe…

Penso
que bem antes de procurarmos conhecer pessoas, devemos, por força do amor próprio,
procurarmos nos conhecer, nossos limites, na forma e nossas fragilidades,
principalmente.

E
quem disse que todos não estamos sujeitos a nos apaixonarmos de maneira a não
enxergamos o que quase todos ou a maioria ver com mais clareza?

A
vida é assim e não há uma idade definida para nos encantarmos pelas pessoas! A
senilidade ou a juventudes não são definidores do que sentimos ao tempo e a
hora do que desejamos. Mas se bem que podemos nos olhar no espelho da nossa
vida em primeiro plano, sem estéticas ou egoísmos e, assim, talvez, seria mais
fácil percebermos se podemos formar apenas uma ou várias imagens do nosso
caráter.

Quando
a razão nos escapa, estamos sujeitos a perder o controle de nossas próprias vidas.