Hoje o
meu eu me devora
Lá fora homens maus maquinam
Discursam
com eloquência
Eu, um
demente, não consigo entender
Fazem
caras e bocas, gestos com as mãos
Mas me
ferem de morte e esterilizam o meu coração
Dentro
de mim algo me consome
Acho que
são fomes
Se os
Poderes não funcionam
Apodrecemos,
somos uns indigentes
E ainda
nos apelidam de patriotas
Há gente
na fila pois a única opção é morrer
Antes
precisa passar pela flagelação
Ah meu
irmão não largue a minha mão!
Preciso
de um país para chamar de Nação
Dentro
de mim há bichos que me devoram
Lá fora
imploro por um pedaço de pão
Hoje eu
pensei que algo que não combina
Dizer o
que faz e o que não faz é quase mentira
Já estou
indo embora depressa,
pois
anunciam lá fora a salvação
Vou
escorrer os meus bolsos pra ver se sobrou algum tostão
Nilson
Ericeira
More Stories
Páginas da minha biografia
PENSAMENTO DO DIA
Falas e falácias