Arari em amor nascente II

Eterno
amor

Meu
sentido da vida andante

Amor
em jactância

Sublime
terra desses mares

Belas
águas que correm para o mar

Sede
nossa de amar!

Oh
minha terra florida!

És
colorida com os tons dos nossos corações

Todos
os dias peço pelo teu povo em oração

E
pelos teus campos, casas, gentes, pássaros, perdizes…

E
quando o meu peito pede a tua guarida


muito meu ser já se derrama todo para amar

Ah
meu amor de escultura, caricaturas, pinturas e traços

Amor
de poesia

e
de tantas letras…

Com
teus artistas boêmios,

Ou
melhor, ‘filosofistas’,

aliás,
contumazes polêmicos!

Não
me recuses em procurar degustar do teu amor todo os dias

De
ser teu doce, teu sal e até o teu amargo de amar

Deixe-me
afogar em tuas formosuras

Beber
da tua água, comer do teu peixe

E
fritar, coser, colher e amar…

Amar
em vida escancarada as tuas criaturas…

E
me deitar de barriga cheia e alma leve

E
sempre disposto para te amar

Permita
oh torrão amado!

Fazer
tecidos de teu amor

De ponto em ponto, o meu encontro                         

Igual
nossos artistas tecem palavras tuas

Que
de tão nuas,

fazem-nos
sempre virgens e de amor único

E
nesse amor compromissado até a alma,

aceite
nosso abraço corporativo

Que
te tão imperativo,

É
sede pura de sempre te amar.

 Nilson
Ericeira