Pisadas, abraços, pegadas…

Pisos, abraços, pegadas…
Não há novidade que vivo de fazer versos
Versos que me vestem e vestem os outros
Me desnunam e desnudam os outros
Sou um catador de letras e contador de sonhos
Meus traços, minha biografia
Vivo me alimentando de abstrações poéticas 
Umas realidades que vivem e não veem
Frutos do devir de todos os dias
Mas ainda assim, deixo pegadas
Marcas que a vida me fez
Pisões humanos que desumanizam
E assim vou contando contos subliminares
Em cuja realidade me vejo
Nilson Ericeira