A
lei em sua matriz traz a ideia da paridade de armas, bem como a tendência a
busca do equilíbrio em relação à parte mais frágil. Entretanto, por falta de
conhecimento ou mesmo nata ignorância, ainda hoje existem os que, não somente pensam,
mas acreditam que o que vige é a lei do mais forte.
É
assim: eu tudo posso, eu tudo faço…
Mesmo
com a grave crise das instituições brasileiras, mesmo ainda com a crescente
tendência ao descrédito delas em relação às demandas sociais em todas as áreas
e Poderes, só vivemos melhores porque construímos ao longo da história,
instituições democráticas que nos servem com anteparo a quaisquer desmandos e
desníveis em relação aos conflitos de ordem público-privados.
É
‘comum’ os que detêm o poder de qualquer espécie, pelo capital, pelo patrimônio,
pelo prestígio em relação aos Poderes, seja de que fatia lhe convier,
vangloriar-se de vitórias em relação aos outros, tornando pensos os polos da
relação. Entretanto, o que nos faz igual em relação ao direito é a certeza de
podemos nos equipararmos buscando sempre a paridade das relações para que a
justiça se faça de forma sólida e que não restem dúvidas.
Enquanto
houver justa insatisfação, buscaremos recorrer de acordo com os ritos.
O
grande desafio de todos nós é, caso não pudermos contribuir para que diminuam
as desigualdades, pelo menos não corroborarmos para que prevaleçam injustiças
em todos os campos da vida social. Pois quando temos a oportunidades de
mudarmos as peças do xadrez, nem sempre as fazemos da forma mais sensata,
racional e consciente possível. Logo depois, seremos os primeiros a configurar
tecidos desdizendo aquilo que nós mesmos confirmamos.
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