Hoje
eu parei para revolver algumas coisas
Algumas
delas estão em mim
Fazem
parte da minha conjuntura
Outras,
indexam a outras pessoas
Por
isso, questiono-me
Talvez
seria bem melhor não bulir
E
ficar inerte como se mundo não girasse
As
pessoas não sentissem
E
todos consentíssemos as coisas como estão
Então,
hei de me revolver, revolucionar meu ser
Depois
e devolver tais deglutições
É
que hoje em dia me parece que já sabemos tudo
Para
tudo temos uma solução e nem sempre a mesma para mesmos casos
Somos
uns tecedores de teses e opiniões
Creio
que nem sabemos do que falamos
Ainda
assim, certificamos
Autorizamos
nossas falas em nome de um ser Superior
E
compomos células abençoadas
Mas
uma coisa é certa, não estamos dividindo ou aproveitando o nosso tempo
Vivemos
viajando em ondas
Somos
uns ilusionistas e vendedores de sonhos
Amanhecemos
da mesma forma que anoitecemos
Parados,
estáticos, vazios
Algo
me diz que nem nos olhamos
Quando
nos damos conta já passou…
De
tão sábios e espertos, perdemos e ganhamos no grito
Ainda
bem que ainda temos alguns segundos
Ericeira
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