Com
o tempo, eu fui percebendo o teu o olhar no meu olhar
A
tua vida foi cabendo na minha e fizemos laços
Criamos
nós e os desatamos, fizemos malhas…
Com
o passar do tempo, eu já refletia o que os teus olhos refletiam,
o
que o teu ser queria, o que meu ser pedia
E,
assim, fizemos o tecido, produzimos malhas, criamos vidas
Aos
poucos fui notando que a tua voz ressoava em mim e me penetrava
É
que o meu ser te cabia
Nós
nos permitíamos…
E,
então, o tempo foi passando e deixando pegadas do teu ser na minha vida
Noutro
tempo, já sentia que a tua forma era a minha forma
E,
assim, teu ser também me cabia
Éramos
pessoas que foram se descobrindo e se amando no tempo da vida
Na
passagem do tempo, vi correspondência do que sentia no que eu sentia
Eram
os nossos corações de aceite
Demos
passos, caminhamos juntos, produzimos os fios da nossa vida
E,
também, demos vozes a nossas vozes, olhares aos nossos olhares e formamos tom
do nosso amor
E
todos os dias no experimentávamos no amor que sentíamos
Produzimos
sonhos, formamos cenas, construímos cenários, mas sempre juntos
E,
assim, o tempo passou, e ficamos com o melhor: a essência do amor em nós
Com
o tempo, eu aprendi a dizer que eu te amo
E
muito mais: que eu sempre vou te amar
Pois
és o anúncio que me permito escutar
Portanto,
é eco, ou melhor, ecos de amor e vida
Ericeira
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Obrigado querida professora Concita