Podemos e devemos discordar, mas nunca deveríamos nos desrespeitar

Sou
de um tempo em que se respeitava as pessoas e as instituições e em que as
religiões, de um modo geral, tinham a simpatia de todos, independentemente de
quem se congregasse nestas ou naquelas.

Sou
de um tempo em que, embora não fôssemos adeptos a uma determinada religião, mas
guardávamos o mais profundo respeito e admiração pelos seus seguidores e
líderes. Da forma que deve ser, cada um na sua. O Brasil é um país laico, mas
agora sentimos os arroubos de discriminação, insubordinação e ódio.

Afinal,
seguimos a um único Deus!

Não
faz muito tempo, conheci líderes religiosos que afastavam a ‘política’ pequena
de seus atos litúrgico e mantinham distância. Não que, na minha simples
opinião, haja algum erro em apontar este ou aquele Partido ou candidato de suas
preferências, mas enfaticamente faziam questão de manter as referidas
instituições a distância.

Com
o passar do tempo, foram apresentando seus prepostos e até aderindo ao que
antes até abominavam. Hoje formam correntes ou alas.

Não
há nisto nenhum erro aos signos democráticos, pois feito para todos que se
habilitem à cidadania.

Penso
que estamos cada vez mais insubordinados e desrespeitosos uns com os outros.
Salvo engano, ocorre uma disputa de quem é melhor, por vezes tendo como um
único parâmetro, ser contrário a quem lhes patrocinam todas as desqualificações
possíveis. Entender a estrutura formacional do Estado, isto não interessa,
mesmo que seja para alguém que por profissão ou missão, devesse ter a obrigação
de saber. E, se sabe, deturpa na vazão e devaneios de suas conveniências.

Termino
como comecei, enfatizando o fato de termos, por via de nossas paixões ou
ilusões, desaprendido o que pensarmos já ter superado. Mas ainda assim, é bom
que se diga que ninguém, seja a que instituto ideológico frequente, partidários
ou nãos, é obrigado a seguir como verdade absoluta o que sabemos ser equívoco,
no mínimo.