Oh pátria
minha que me apadrinha a minha voz
E faz da
minha própria voz minhas canções
Cobre-te
com um céu de estrelas
Veste-te
com chitas de todas as cores
E sem
temores, teus filhos dedicam amor por ti
Oh Arari
de tantos sabores e amores que a mim adocica
O meu
coração só felicita
Oh pátria
minha verás que alguns de teus filhos te exploram
Mas eu
te imploro, perdoa-lhes, pois nem imaginam do mal que te fazem
Enquanto
estes esnobam, outros definham, imploram e até morrem!
Oh pátria
amada do meu Mearim!
Meara o
meu coração de amor e me faz deleitar no teu leito até espera a maré encher e
vazar
E a não
ser em qualquer preamar, declarei sempre a minha razão de te amar
Para
assim dormir e sonhar e prometo viver em ti para sempre te amar
Na correnteza,
em remansos ou calmarias da mesma forma que as tuas águas correm para o mar
Minha
pátria madrinha, meu peixe no anzol, na tarrafa ou na rede quero em ti o meu
amor represar
Eu te
peço com devoção que reluza em mim me fazendo sentir sempre o teu amor em mim
E, assim,
todos os dias orarei por ti e pelo teu povo e com vestes de amor a te vestir
Arari,
minha raiz telúrica, acho que ninguém pode imaginar o que é ficar longe de ti
Por isso
vou remando, te amando e me alimentando do teu amor que é a razão do meu
existir
Ericeira
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