Com águas que vertem de mim,
sair para procurar o que não sei
Minha incompletude talvez
Minha insensatez ou desfaçatez
Ou mesmo para preencher vazios em mim
Sentir essências de flores, o lembrar
dos amores
Ou mesmo tentar parar o tempo
Voltar a ser criança, correr na rua,
andar descalço…
Sair um pouco da minha própria idade
e oscilar entre minhas próprias faixas etárias
Mas as minhas águas desceram em
correnteza e pararam em mim mesmo
Sem seguir viagem como que no fim de
um labirinto
Borraram a minha face e fiquei sem
graça
É que quase todos nós temos vergonha
de sentir e expressar
É que parece que vivemos o tempo
inteiro dando satisfação do que sentimos
Penso que somos aparentes e sangramos
por omissão
Deixamos de chorar por vergonha
quando devíamos não negar o nosso sentir
Não devemos permitir que nossas águas
virem rochas só porque temos vergonha dos outros enxergarem em nós o que há de
mais sublime
Quem chora por amor nunca deveria
sentir vergonha e nem tentar disfarçar o que sente
O amor é o significado e o
ressigficado da vida e alegria do coração
Por essa razão sempre haveremos de
amar pessoas
Nilson Ericeira
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