Arari numa decifração poética

Tudo em Arari é belo

As pessoas, as ruas, as casas, os vizinhos…

Os bichos: os peixes e os todos os animais

A vida, o rio, o céu, o sol,

as nuvens, a noite, a lua, as estrelas

O silêncio e bravura do Mearim

O tempo de Arari em belo

Os nosso pais, a família, a religião, as igrejas

Àquela capelinha!

Até a saudade sentida é linda

O colibri que ama a sua flor

Os colibris de Arari são lindos!

E até as batidas dos nossos corações são diferentes

Os seus poetas e escritores

Os professores, os laboradores de todos os dias

Os nossos Josés e Marias

O hino, o escritor, os amores

Até o calor de Arari é bom

O calor humano é maravilhoso

O frio com as chuvas

O pingar, o amar

O cheiro do chão

A prosa, a rodinha com os amigos

A busca do tempo de outrora

Em todas as estações fazemos festas

Pois a amamos com igual fevor

Pois ali há sementes

Sementes de todas as crias

Sementes de melancia

E do amor que em nós germina

E tudo que nasce do coração arariense só pode ser belo

O bom de nós é Jesus

Até a santa é uma Graça

A graça que nos engraça de fé, amor e vida

A nossa unção vem dos nosso corações

Pois acordar em ti é ter a magia do amor

O encanto das flores, o silêncio dos campos

A certeza dos dias…

O revoar dos pássaros…

O revoar que nos leva e traz de volta

E nos coloca outra vez em teu chão

Pois de um amor único

Portanto, és bela e esplêndida

Agora eu te misturo em mim

E te coloco nas minha veias

Para que sempre possas colorir o meu existir

Nilson Ericeira