Na manhã daquele dia,
havia um reboliço no porão, os ratos estavam inquietos.
Era um vai e vem danado! O
que aconteceria de tão importante?
Não se sabia os porquês de
tanta confusão, pois entre uma brecha e outra, pouco se via. Apenas vultos, uma
vez ou outra, como se se arrumassem para algum evento, ou mesmo estivessem à
espera de um resto de comida que deveria fartá-los em algum momento.
Os ratos se alinhavam,
pegavam a melhores peças, adornavam como se fossem a uma festa de gala! Algo
estranho acontecia no covil, ou melhor, no andar de baixo do armazém.
Aos poucos ficamos sabendo
que não era nada do que se especulava, nem mesmo uma grande partida de futebol,
onde iriam assistir a uma partida de seus times de futebol, com direito a
exibirem as cores dos seus preferidos. Os ratos, na realidade, preparavam-se
para as convenções de seus Partidos políticos! O ambiente era de festa e
expectativas. Lá com certeza à mesa farta da hipocrisia. Poderiam se enlamear
nos seus próprios esgotos e reviver, ou mesmo, rememorarem, os seus berços.
Então, à eloquência de
seus discursos e maus costumes! Viva a rataria!
Sua vida ‘corretas’, de
quem nunca haveria subtraído o queijo de ninguém, ou mesmo, contribuídos para
que muitas vidas já estivessem no além!
Ratos, ratinhos, ratões, eram
gerações inteiras, ninhadas e ratadas completas que se exibiam na festa e na podridão. Ainda
assim, não eram poucos os expectadores que o aplaudiam e os admiravam, mesmo
que resultado do seu sangue e forças, todo o banquete exposto.
A sujeira era geral, mas
em nada se igualava aos humanos, que passam ao longe de tais atitudes e nunca
ficariam com as sobras, mas com o bolo inteiro!
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