Segura
aí
Mãos
acenando
Letreiro
invisível
Corre,
corre, corre!
Sobe, subiu!
Agarre-se
na primeira cadeira
E toca
busão rumo academicismo
Passa
catraca
Passa
gente
Passa
paisagem
No
horizonte, um futuro distante
E sonhos
muito sonhos
A
rapaziada aos pouco enche até a tampa
É hora
de aprender
Alhures
vida minha
Oh tempo
bom!
Mesmo
que com barriga vazia
No saco,
esôfago, estômago e tudo quanto é tripa
Fome
orgânica
Fomes de
saberes
Outrora
nem sabia que vida tinham
Mas eu
sentia daquelas de doer até na alma
Alma
minha que há muito vagueia
Escamoteia-se
Feito
bicho que boia
Na sala,
indiferenças e crenças
Os
indiferentes passaram
Os
amigos ficaram e edificaram raízes
E eu
ainda sinto fomes
Talvez
ressentido de saudades
De uns
que me partiram
E me
deixaram
E muito
mais dos que me ensinaram
Por
isso, volta e meia volto ao campus
E se na
minha face não estampa
No meu
coração reflete
E no
meio dos sábios,
sou apenas
um intruso
Ericeira
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Quem não tem pudor, não tem limites!
Velejar…
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