Queria
de te ver mais de uma vez
Eu
queria voar alto e lá de cima te enxergar
Queria
te sentir no meu céu e chão de amores
Pois és
as batidas do meu coração que no compasso te pede para amar
Queria
nadar em ti e ir e voltar
Queria
esperar a maré encher e deixar ela vazar
E
quantas vezes eu precisar: encher e vazar…
Pois
ainda me banho no teu Rio
E ainda
‘mearo’ o meu coração de amores…
Me
encharco, me alago e me umedeço do teu amor
E me
molhando e me secando de ti eu vou…
Pois,
pois por onde eu for eu vou falar desse amor
Ah como
eu queria correr nos teus campos e me esconder em ti
E ficar
olhando os meninos me procurando!
Ah
quanta saudade eu sinto agora da aurora da minha vida
Que com
passos e guaridas me mantém em ti
É certo
que meu ser te chama todos os dias
Mas sou
tão pequeno e frágil ante a teu mundo de amores
Ainda
assim, insisto em me encher de poemas para te oferecer
Sãos as
sementes de mim que em teu solo querem existir
E assim
brotar do chão do teu amor
Fazendo-me
compor coisas nossas, nossa gente, nossas coisas…
Mas como
disse, sou tão pequeno ao ponto de não compreender a tua dimensão em nós
Porém
sei que há filhos teus te engrandecem e enobrecem
Outros
te desprezam e até te usam com instrumento de troca
Esses se
apequenam e nos enfeiam
Mas há
quem te ame de verdade e te faça um céu em cores
Estações
de nós todos os dias
E assim
vamos arando amor, apesar de nossas parcas possibilidades
Pois sabemos
que o que tem de bom em nós é de ti
Oh terra
amada, festejo-me em amor ardente, potente
Quiçá eu
não fosse tão pequeno e tão incapaz de te adocicar em versos
Mas eu
te peço, deixe-me te amar eternamente
Assim,
sei que és sementes em maturação
Pois sei
também que são paridas no meu coração
Ericeira
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