O cio de um lobo

O
lobo está cioso

Pretenso
a asneiras e tolices

Palavrões
e chavões

Pornofonias…

Escritas
em dialeto próprio

Inação
de letras

Prostíbulos
vulgares

Desnudado
que é de cultura

Aliás,
desta, desdenha

Vive
a rir de si

Rir
da morte,

Aliás,
diverte-se

Imita,
desdenha de quem sem sorte

Asfixia

Ao
desconsiderar os povos

O
cio de um lobo voraz

Que
devora o povo e usa até Deus

Principalmente…

Perverso
a caça e caçadores

Em
alcatéia, destaca-se

Se
autodestrói

A
favor da morte, procria filhos

E
os nomeia em numerais

Desce
mais…

Com
sorte ressoam suas asneiras

Compartilha
horrores

E
nós, à deriva

Mesmo
que como bicho viva e seja

Nega-se

Assim
sobrevive no cio

Cioso
e o-misso, um lobo

Um
lobo ocioso

Pasmem,
mas ele tem plateia

Oh
lixo!

Mas
cuidado que o lobo uiva

E
até imita gente

Demente…

 Nilson
Ericeira