Eu
não queria ver o meu verde morrendo
O
rio padecendo
A
água, essas àguas de nós
Morrendo,
escorrendo em esgotos…
Ah
a vida, guarida, abrigo e cios
Pois
me dá uns nós na garganta com vontade de chorar
Eu
juro que não queria ver, não ter visto,
tanta
gente morrer assim
E
por falta de ar, omissão, de quem não sabe a missão
E
o homem, os homens a desdenhar
E
classificar pela idade que eu tenho
Ah
essa morte me enlaça, sem graça
Eu
não desejaria pra ninguém essa ferida sangrando de dor
Ah
só ausência amor
A
humanidade não graça comigo
Acham
graça da morte e de mim
Dão
gargalhadas!
É
que tenho uns nós que não sei desatar
Ah
eu não queira te ver sofrendo, padecendo assim
E,
sei, não é por falta de mim
Logo
de ti que tirei a essências das flores do nosso jardim
Ah
que agonia, já chegou a hora de te dizer toda a minha verdade
Mesmo
que para ti não tenha graça nenhuma essa graça
Ah
mais eu juto que te levarei comigo por onde for
Pois
o que sinto em mim é amor
Aquilo
que falta a humanidade sobra em mim
À
medida que distribuo a fonte renovo
Por
isso, no cio da vida eu te amei e me renovei dentro de mim
Pra
ser de ti e de ninguém
Uns
poucos cuidados comigo
É
te guardar para sempre em mim
Ericeira
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