Eu pus
os meus pés na rua,
com corpo,
ser e alma…
A
caminhar por um passeio que nem sabia
Ia,
subia e descia a rua
Mas
fomes sentia
Justiça
busquei
Como
quem todos os dias passeia
Passeie
anos a fio na Rua do Passeio
Como se
fim não tivesse
Ia e
vinha e parecia nunca chegar ao fim
Às vezes
me vejo em sonhos
Subindo
e descendo essas ruas que fincaram em mim
São Luís
me tinha
Eu
sempre terei ela em mim
Adotou-me
ainda pueril
Menino
ainda, saudade continha
Mas
muita esperança detinha
E vinha,
e ia, assim em luta assistia
O
Estado, desassistia
Minha
dor de fomes, por demais doía
E quando
amanhecia o dia,
outra
vez àquelas ruas me tinham
Em
passos largos ao trabalho eu ia
E saía
nas ruas da cidade que me acolhia
Mas não
me maldizia
Todos os
dias uns passeio fazia
E assim
se fizeram meus dias
Ericeira
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