O humor satírico nas letras de Nilson Ericeira, episódio de hoje: ÓCIO E NÉCIO SONHAM EM SER BANQUEIROS

Pensando
bem, talvez não seja mais lucrativo criar uma instituição financeira, investir
em mercado paralelo tem sido um bom negócio tanto para um como para outro.


Estudar para que se eu tenho amigo influente! Bradou Ócio.


Vamos é nos dá bem, chapéu de besta é marreta! Vociferou Néscio.

É
certo que há uma máxima de que ninguém cresce na vida sem um ‘empurrãozinho’.  De tão óbvio que têm pessoas que vêm da lama
e logo estão no apogeu da fama e posses. Ao ponto de não lhes faltar cifras ao
ponto de ofertarem no mercado negro.

Taí
uma boa denominação social: o Banco do mercado negro! Mas é que Néscio se
reconhece pouco conhecedor dos dígitos e não é assim afeito a ondas digitais,
pesar de ser igual ao Tio Patinhas por grana.

Ócio
mesmo que é sombra e água fresca e de vez enquanto, só para impressionar os
seus acionistas, andar de jet-ski nas águas do Rio Mearim. Exibir-se,
mostrar-se, mesmo que nada tenha feito para ‘melhorado de vida’, como dizem as
más línguas da cidade.

Os
dois parceiros, Ócio e Néscio, não gostam de andar juntos, dificilmente são
vistos em eventos coincidentes, mas quando tem algum negócio à vista, armam até
suas redes esperando a hora da li-ci-ta-ação! Quem dá mais! Sempre tem o menor
preço, a melhor proposta, o melhor produto, mesmo que seja do indizível e
vulnerável.