Arari, eu te amo

Arari,
eu te amo

Amo-te
em versos meus

Amo-te
todas as manhãs

À
tarde e durante o dia

À
noite, contemplo teu céu

Faço
estrelas e dou brilhos cintilantes

Morarei
sempre em ti

Pois
o meu verso incompleto

A
busca do começo, meio e fim…

E
quando em tuas ruas não mais estiver

Tenho
fé que morarei defronte de ti

E,
com as mesmas, estrelas, darei teu tom

Talvez
em arco íris

Espectros
de amor, vida e guarida

Por
ti nasci, cresci, sou grato, serei

Pois
eternizarei o que é eterno em mim

O
meu por ti, para ti, de ti

Oh
minha cidade de Arari

Verdeja
teus campos

Alimenta
teu rio e banha teu povo

Pois
eu de novo, proclamo versos teus

E
assim, em corredeiras de piracema

Lembras
daquela pequena, que me deste para amar

Saiu
de tuas entranhas

Agora
em crias e já no teu cio

Assim
se renova mais um amor que de ti pariu

Ah
meu torrão, município do meu coração

Sem
o teu amor não vivo, asfixio

Longe
de ti estou em ti

Pois
meu pensamento à deriva

Buscando-me
no porto do teu existir

 Nilson
Ericeira