O verme esperneia
Mexe-se,
bole-se, enrosca-se…
Nem fede
nem cheira
Incolor,
inodoro, inexistente
Assim
vivem os vermes
A se
alimentar uns dos outros
Para
tanto, formam colônias
Nichos
de vermes,
enroscados
na vida uns dos outros
Promovem
os eventos que lhes convém
É certo
de desses males vivem
Exibem-se
como que em enterros
Pois,
com as bactérias,
devoram
carnes humanas
De
cultura, só se alimentam
Pois
dela não entendem
Mas
ainda assim, professoram
Coisa de
tolos
Pobres
vermes, pobres homens
Que de
sobras vivem
Mas antes
que me devorem
Digo-lhes
que desgosto tenho
Porém,
abomino seus métodos
Mesmo
com aparência de artistas
Ericeira
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Velejar…