Se
eu viajar
E
viajarei
E
eternizarei você no meu coração
Nem
só em imagens,
Mas
em tons e sons de dentro de mim
Se
eu não retornar
Eu
retornarei
Mesmo
em miragens
E
após a viagem…
Retornarei
para ecoar a voz de mim
Que
produzo todos os dias
Com
lides, composições, mediações, arbitragens
Aceitas
por mim
Prolatadas de corpo e alma
Pois
um juiz do meu juízo
Um
advogado da minha própria causa
E
quando e partir
Partirei,
partido, assumido
Assim,
igual o colibri de épocas
Que
quando volta, o aceitamos
O
contemplamos
Enquanto
do doce do amor nos adoça
O
salgado da vida nos tempera
E
ele nos seu espetáculo parece indiferente
Mas
vai e volta como se fosse sempre o mesmo
Assim,
me espere um pouco
Só
mais um pouco
Eu
voarei…
Eu
voltarei
E,
então, ressoarei a voz do teu amor em mim
Ericeira
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