Amor cativo

Presente em meu corpo e entranhas

Alucinante desejo e eterno querer

Mas se um dia você chegar e não me ver

Estarei na brisa do vento, no tempo, ou nas nuvens
vagantes

Quem sabe bem perto do céu

Em nuvens feito espumas

E no meu ser, abstratos pensamentos de amor

Amor sem precedentes que não tem hora

Que a todo instante invade meus sentidos e me faz
poesias

Porém se você não está

A vejo perto do infinito e na instância do meu
coração

Apresso-me para possuir

Dou-me para você com toda intensidade do tempo

De corpo e alma inteiros

Com overdose desse amor constante em mim

E a vejo no brilho das estrelas no firmamento

Na luz do vaga-lume que ganha altura e luz

E foca você no sopro do vento frio em meu corpo
esquecido

Aquecendo um amor eterno e ausente

Mas certamente me encontraria na nuvem passageira

No algodão do tempo, ou na paisagem do céu

É amor cativo que não se solta e que se tem no
espírito

Mesmo que em ilações e sonhos

Não se deixa ir e nem está aqui

Sentido em que numa relação simbiótica

Farei juras de me querer cativo assim

A um amor enlouquecido

Que de asas me faz passarinhos

De tempo em tempo voltar a ser

E novamente encher-me desse amor cativo

    Nilson Ericeira